quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nosso Lar

OBJETIVO: montar nossa cidade e lar ideal e comparar com o que realmente existe e qual a nossa participação nisto. Levar o grupo a perceber que o que temos em nossa intimidade, em nossa alma, reflete em tudo que construímos ou deixamos de construir.

MATERIAL: papel e lápis de cor para os grupos que gostam de desenhar ou recortes de imagens variadas para uma colagem; manchetes atuais de jornais e revistas.

COMO APLICAR: converse com o grupo sobre a construção de uma casa, como eles gostariam que fosse, o local, as dimensões, o que colocariam dentro; que tipo de família habitaria, quantas pessoas, que animais domésticos teriam, como seria o jardim, que plantas e árvores plantariam; como seria o relacionamento com os vizinhos; em que tipo de bairro se situaria; em que cidade; sob que leis estariam submetidos. Monte um grande painel 'a vista de todos e com a participação de todos.
Num segundo momento, faça uma comparação com o grupo, através das manchetes de revistas e jornais, da nossa realidade: como são a maioria das casas, as grades e o isolamento, a separação de bairros e classes, a violência generalizada, a poluição visual, o descaso com a água, o desperdício, o acúmulo de lixo e suas consequências, o desrespeito as leis e normas, a insegurança, o individualismo exagerado, a falta de cooperação, você vai encontrar muitos assuntos para abordar...
Após esta comparação, levante questionamentos:
- o que mudar? o que está faltando? qual a nossa participação? somos expectadores passivos? ajudamos ou tumultuamos? como nos transformar em agentes modificadores?
Direcione a discussão no conceito de que a mudança externa dos amplos aspectos sociais é consequência da nossa transformação interior, onde somente homens melhores farão uma sociedade melhor e mais justa.

Use como apoio este texto recebido por e.mail, sem autor:

Vamos construir uma casa?
Com janelas enormes para o sol penetrar sempre até sumir na linha do horizonte,
de portas bem largas e escancaradas para que a lua brilhe intensamente nas noites prateadas,
sem grades que me impeçam de tocar as flores,
sem muros para fazer barreira aos ventos que trazem sementes de alegria,
com folhagem na varanda para oferecer beleza e perfume para quem mora na vizinhança,
uma casa que ninguém ousa invadir pois estará sempre de portas abertas a quem quiser entrar,
que tenha paredes invisíveis feitas de abraços, carinho e afeição,
onde os sonhos brinquem sem medo e de onde a fantasia não fuja,
uma casa onde habite a paz e os raios de luz estejam por todos os cantos,
uma casa que tenha um banco de madeira para um breve descanso ao final do dia,
e junto banco, uma árvore com galhos fortes e seguros, onde os pássaros possam fazer os seus ninhos. O entardecer requer gorjeios melodiosos e as manhãs exigem as sinfonias sonoras de aves variadas,
Por fim, uma casa onde exista amor: amor de mãe, de pai, de avó ou de marido; de esposa e de irmão, de tia ou de avô. Ou pelo menos a companhia de um cão ou qualquer bicho de estimação.
Essa casa não precisa ser necessariamente como as casas comuns. Ela pode se tornar realidade, portas adentro da alma. Pode adquirir vida em nossa intimidade.
Sem necessidade de engenheiros, arquitetos, tijolos, cimento, nem areia.
É uma construção que demanda apenas vontade de ser livre, sem grades de preconceito, de sectarismo, de insulamento infeliz.
E o mais importante é que está ao alcance de ricos e pobres, instruídos e iletrados, jovens ou velhos.
É acionar a vontade e construir uma morada diferente, apesar de tudo.
Você é muito maior que sua casa física. Você é do tamanho de sua imaginação.

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