sábado, 23 de agosto de 2008

Para falar de sentimentos

Comece sua aula contando a história do pacote de biscoito. Esta história circulou na internet e está no livro A luz que dissipa trevas, volume 2, página 67, sob o título As bolachas.


Se você for usar a ilustração, vá colocando pouco a pouco e deixe que as crianças contem o que estão vendo e vá complementando. Na primeira cena são duas pessoas que não estão prestando atenção uma 'a outra. Estão numa sala de espera, talvez para uma consulta médica, para esperar o horário de um ônibus ou o vôo de um avião. Uma está comendo e a outra está lendo. A moça resolve comer biscoito e nota que outra pessoa também está comendo. Sua expressão muda totalmente. Antes, concentrada em sua leitura, passa a acompanhar o movimento do outro ao seu lado. Quando ela vai se servir de mais um biscoito, sua mão quase esbarra na do rapaz. Sua indignação aumenta, seu olhar é ameaçador, continua a comer, embora o biscoito bata mal, mas precisa ser firme e mostrar quem está no controle. Ele continua comendo. Ela também. A situação está tensa, o pacote de biscoitos chega ao fim e, para surpresa da moça, o rapaz quebra a última bolacha, come metade e deixa a outra parte na cadeira. Agora não dá mais! ela precisa dizer poucas e boas para este rapaz!
Mas ele se retirou. A moça resolve guardar seu livro e ir embora. Ao abrir a sua bolsa, vê lá dentro o seu pacote de biscoito. Ooh! Que vergonha!

Faça uma lista dos sentimentos e emoções que podemos ver na história. Observe se aparecem mais sentimentos negativos do que positivos. Fale sobre cada sentimento, seu significado, que sensação passamos para o corpo, que comportamentos acompanham aquele sentimento. Valorize a tranquilidade que o rapaz manteve, mesmo sendo julgado, recriminado e mal querido pela moça.

Agora que as crianças já sabem o que significa ira, raiva, paciência, estressado, tranquilo, bondoso, furioso, pacífico, entre tantos outros que eles vão listar, distribua diferentes formatos de recorte no papel, como por exemplo, nuvem, raio, sol, estrela, gota, coração, lâmpada, balão. Faça quantidades suficiente para que todos recebam pelo menos um papel e que haja repetição de formas. Se sua turma for muito grande você pode dividi-la em grupos menores que trabalharão em cima de um formato escolhido em consenso. Explique a turma que iremos conversar sobre sentimentos e as sensações que eles nos causam. Deixe cada um escolher o formato de recorte relacionado ao sentimento que irá descrever ou que possui como característica marcante. Por exemplo, o recorte em forma de raio se relaciona a raiva, cólera, impaciência. O recorte em forma de nuvem pode ser relacionado a paz, a calma, a mansuetude. Peça que cada um escreva de um lado do papel o nome do sentimento, e do outro lado do papel, uma situação que ele tenha vivido em relação a este sentimento, pela facilidade ou pela dificuldade de lidar com ele. Não é necessário identificar quem escreveu. Quando todos tiverem terminado , chame alguém do grupo e peça para ler para o grupo o que está relatado. A discussão é aberta para todos. Chame outra criança para falar sobre outro sentimento e vá chamando até que todas as formas escolhidas tenham sido expostas e compreendidas.

Molde com exemplos de formas.

domingo, 17 de agosto de 2008

Filhos de um mesmo Pai - 1ª versão

Um assunto e duas maneiras de aplicar. Eu fiz as duas versões em diferentes aulas e depois mostrei ao grupo que se tratavam do mesmo assunto.
Leve letras recortadas em papel. Pelas fotos vocês verão que utilizo como papel de base embalagens de brinquedo, sacolas de lojas, cartões postais que pegamos gratuitamente em diversos locais. A turma me perguntou como eu conseguia desenhos tão diferentes e quando eu expliquei de onde vinham, aproveitei para mostrar como podemos reaproveitar material sem ter gastos e ter bons resultados.

Veja os modelos de letras recortadas. São dois grupos diferentes, mas colocados misturados no chão (estão separados somente na foto para que dê uma melhor visibilidade). Algumas letras bem bonitas, coloridas, grandes, com brilho e desenhos interessantes. Outras bem simples, na cor branca ou numa cor básica. Estas letras simples são o A, E, R, C, ou seja, letras fundamentais para se formar uma palavra.


As letras simples sobraram, desprezadas pela maioria. Acredito que no seu grupo irá acontecer a mesma coisa.
Trabalhe da seguinte forma: certifique-se de que há letras para todos. Leve letras extras para completar a atividade. Coloque as letras recortadas no chão e peça que cada aluno escolha a sua letra. Em seguida, peça que eles formem pequenos grupos. Cada grupo tentará formar uma palavra ou uma frase. A maioria deles não conseguirá, pois escolheram as letras baseada em beleza e não em utilidade. Também fizeram escolhas individuais e não pensaram em conjunto.
Peça agora que todos se reúnam e misturem as letras e criem outras palavras e frases. Agora, com todas as letras reunidas, será possível criar uma variedade de palavras e frases. Crie desafios, separe em dois grupos, faça uma gincana para ver qual grupo forma palavras mais rápido. A tarefa fica mais fácil e o resultado é melhor. Realce para o grupo que as letras simples aparecerão na maioria das palavras.
Nesta aula , você pode abordar temas como a diversidade entre os filhos da Criação, a solidariedade entre os seres, a Lei de Sociedade e os objetivos da reencarnação. Somos diferentes uns dos outros e estas diferenças devem se complementar. Exemplifique esta abordagem pelas letras simples desprezadas. Muitas vezes julgamos pela aparência e acabamos desperdiçando oportunidades de conhecer, trocar experiências com pessoas que achamos esquisitas ou sem graça. Assim como uma letra simples , esta pessoa pode ter um valor interior imenso que deixamos de ver, pois em nossas escolhas valorizamos mais o exterior do que o interior. Faça analogias com as letras que sobrarem. Serão ótimas reflexões para o grupo.

Filhos de um mesmo Pai - 2ª versão

Leve figuras geométricas recortadas em papel (círculos, triângulos, quadrados, retângulos, estrelas, corações).

Estes são dois moldes para você usar como referência se quiser. As figuras podem ter tamanhos variados para enriquecer a construção, ou seja, todos os círculos não precisam ter o mesmo diâmetro, os retângulos não precisam ter as mesmas medidas.


Veja os modelos de figuras recortadas. São dois grupos diferentes. Algumas figuras bem bonitas, coloridas, grandes, com brilho e desenhos interessantes. Outras bem simples, na cor branca ou numa cor básica. Coloque-as misturadas no chão.


As figuras simples sobraram, desprezadas pela maioria. Acredito que no seu grupo irá acontecer a mesma coisa.

Trabalhe da seguinte forma: certifique-se de que há figuras em número para todos. Leve figuras extras para completar a atividade. Coloque as figuras recortadas no chão e peça que cada aluno escolha a sua figura. Em seguida, separe em grupos aqueles que possuem figuras geométricas idênticas e peça que compartilhem o motivo de sua escolha, percebendo se há um significado para a figura (redondo pela suavidade, triângulo pelo equilíbrio). Peça a eles que para dar um nome ao grupo que represente este significado. Solicitar que façam uma construção com todas as figuras geométricas iguais na forma, não necessariamente no tamanho. Deixar o grupo construir por alguns minutos. Depois deste período, conversar sobre as dificuldades que surgiram, se houve participação e cooperação, se conseguiram montar uma figura e se todos estão satisfeitos com o que foi construído.

De uma maneira geral, as figuras serão de pouca criatividade, pouca variação e sem forma definida (círculo de bolas, estrelas amontoadas, triângulos enfileirados)

Peça agora que todos se reúnam e misturem as figuras geométricas e montem outras formas. Você pode começar juntando dois grupos, em seguida três grupos, para então, juntar todas as figuras. Com as diferentes figuras reunidas, será possível montar uma variedade maior de formas, criar histórias, montar cenários. A tarefa fica mais fácil e o resultado é melhor.
Estabeleça temas e peça que eles construam: uma família; uma cidade; uma rua com pessoas. Faça brincadeiras e dasafios, como por exemplo montar alguma coisa usando o menor nº de peças, e depois, com o maior nº de peças.

Pergunte novamente se estão satisfeitos com o novo resultado obtido nas diversas formas que foram construídas. Realce a diferença de resultados quando trabalharam sozinhos e quando passaram a trabalhar em grupo.

Nesta aula , você pode abordar temas como a diversidade entre os filhos da Criação, a solidariedade entre os seres, a Lei de Sociedade e os objetivos da reencarnação. Somos diferentes uns dos outros e estas diferenças devem se complementar. Exemplifique esta abordagem pelas figuras simples desprezadas. Muitas vezes julgamos pela aparência e acabamos desperdiçando oportunidades de conhecer, trocar experiências com pessoas que achamos esquisitas ou sem graça. Assim como um grande coração branco recortado, esta pessoa pode ter um valor interior imenso que deixamos de ver, pois em nossas escolhas valorizamos mais o exterior do que o interior. Faça analogias com as figuras que sobrarem. Serão ótimas reflexões para o grupo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Para conhecer melhor a sua turma

Você gostaria de conhecer melhor o seu grupo, saber o que fazem quando não estão na Evangelização ou entender certos comportamentos? Este material poderá te ajudar, pois através de texto e colagem, as crianças mostrarão um pouco da família, do que acontece em casa, como eles participam, com quantas pessoas moram, como ocupam o tempo.
Deixe-os livres na representação. Pode ser escrita, desenhada, colando os móveis e utensílios de uma casa, feito uma história em quadrinhos com balões para diálogos ou só com desenhos. Em cima dos resultados, você poderá direcionar sua aula e promover boas reflexões.





Para ajudar na tarefa: você pode levar recortado ou distribuir para que eles pintem e recortem, montem na folha, enriquecendo a atividade. Peça para as crianças colocarem expressões no rosto: felicidade, raiva, atenção, imaginando os bonecos dialogando.



segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Prova de Reconhecimento


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Perguntas para nós mesmos

Jesus usava o método de perguntar para que nós fizéssemos uma reflexão. Cada pergunta dele provocava um silêncio em nós. Encurralados, éramos obrigados a pensar e, assim, encontrar a resposta da situação que nos afligia ou de nossas dúvidas. Essa técnica é muito boa, pois desenvolve o raciocínio, amplia nossa percepção e nos dá o mérito de achar a solução.
Perguntar é algo corriqueiro, fazemos o tempo todo pela nossa curiosidade e, normalmente, nossa pergunta já possui o caminho para a resposta. Porém, existem perguntas que desejam uma resposta capaz de dar sentido 'a vida.

Você pode iniciar com uma reflexão sobre o dia-a-dia de seu grupo. As perguntas podem começar meio tolas, mas, aos poucos, as mais profundas vão aparecer. Incentive-os a pensar, analisar, questionar, ir a fundo e anotar as grandes perguntas que cada um já fez em relação:
- 'a vida de um modo geral
- 'a escola
- 'a evangelização
- 'a família
- ao futuro
- aos amigos

Ao terminarem este primeiro momento, você perceberá que as perguntas serão complementares. A pergunta de um será respondida pela dúvida do outro.
Com este material em mãos, conversem sobre:
- a dificuldade ou não de elaborar as perguntas;
- quais perguntas foram as mais difíceis;
- que item gerou mais perguntas e porque;
- que item gerou menos perguntas e porque;
- se em algum momento já tinham se feito esta pergunta que surgiu no exercício;
- se alguma destas perguntas está há muito tempo dentro deles.

Como um segundo momento, busquem as respostas. Mais uma vez, agora de forma mais evidente, você perceberá que as respostas serão complementares. A resposta de um será a resposta da dúvida do outro.
Com as respostas, conversem sobre:
- qual foi o momento mais importante do exercício: perguntar ou responder?
- que descobertas foram feitas;
- que resistências surgiram;
- qual a importância deste exercício para a minha vida;
- se ficou alguma pergunta sem resposta;
- se uma resposta serve para mais de uma pergunta;
- se juntos, as perguntas foram respondidas mais rápido.

Este exercício pode ser complementado com as grandes perguntas que Jesus nos fez e as respostas que, passados um pouco mais de 2000 anos, ainda não somos capazes de dar.


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Reencarnação - 2ª parte



Após conversarmos sobre seus desejos e planos para a reencarnação, mostrando que tudo o que eles queriam é possível de se conseguir nesta oportunidade, nesta encarnação, apesar de não serem louros de olhos azuis ou magros demais ou ricos, fomos para a segunda etapa da aula.

Cada um fez a sua análise particular de como está HOJE: aonde moram, sua família, suas condições financeiras, seu temperamento. Analisaram também suas conquistas: virtudes que já sabem que possuem, como por exemplo, ajudar em casa sem reclamar, estudar com empenho, não faltar 'as aulas.

Em seguida, conhecendo melhor suas realidades, listararm uma série de possibilidades e temperamentos de ONTEM, ou seja, a última encarnação, percebendo que uma coisa está ligada a outra, uma vida é influenciada pelo que construímos ou deixamos de construir em outra oportunidade.

Vejam dois resultados em meu grupo:



Este do Kelvin é bem interessante, pois até as roupas refletem a mudança de análise.