terça-feira, 24 de abril de 2012

PRIMEIRO PASSO

Peça que cada um lembre de uma situação ou de alguma atitude praticada em seu cotidiano que gostaria de modificar. Uma atitude prejudicial a si mesmo ou à alguém ou ao meio ambiente. Aquela que se repete várias vezes. Você faz e nem percebe mais ou se surpreende por continuar fazendo mesmo sabendo que não é legal.

Lembrando Paulo de Tarso: por que o bem que eu quero, este eu não faço, e o mal que eu não quero, este eu ainda faço?
Este "mal" pode ser representado por, aparentemente, pequenas atitudes, mas que repercutem em coisas maiores. Um apelido, desperdiçar comida, arrancar flores e folhas, não recolher o cocô do cachorro na rua, jogar lixo na rua, colar na prova, copiar dever de outro, mentir.
Que outras atitudes se encaixam? e as grandes ? quais seriam?

O que podemos fazer para modificar esta atitude?

Muitas vezes pode ser difícil encontrar caminhos. Mas estamos num planeta escola, onde os erros que cometemos serão transformados em experiência em nosso crescimento. Aquilo que fiz não combina mais comigo e não farei novamente, pois já compreendo a importância de me encarar meus erros e modificá-los. Mesmo que demore. 

O importante dar o primeiro passo.

AÇÃO e não REAÇÃO

Dê um pedaço de papel para cada um de seu grupo.
Aguarde as perguntas, deixe-os manipular o pedaço de papel.

"O que é para fazer?" o que eles quiserem !

Observe.

Alguns vão dobrar algumas vezes. Uns poucos vão desprezar e abandonar o pedaço de papel. Outros vão amassar. E jogar nos outros. 
Se apenas um tiver esta ação, muitos a repetirão.
Se houver dificuldade, conduza o grupo e, até mesmo,  os provoque amassando você o seu pedaço de papel.

Converse sobre esta atitude. Como ficou a sala? quantos participaram? provocaram?
isto é violência? por que não conseguimos dar uma resposta de paz?

Peça agora que peguem os papéis e desamassem. 
O pedaço de papel está todo vincado. Para sempre.

MEIOS de COMUNICAÇÃO


O ESTRANHO
Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.
O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares:
Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas o estranho era nosso narrador.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.
As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.
Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome?
Nós o chamamos Televisor...
Agora tem uma esposa que se chama Computador
e um filho que se chama Celular !







Conte a história para seu grupo.
Antes de chegar ao final, você pode deixar o grupo tentar adivinhar quem é este "estranho"...

Peça para que o grupo relacione numa lista programas de TV e filmes que assistiram durante a semana.
Quais programas retrataram questões importantes? quais retrataram situações de paz? e de violência?
Estamos conscientes do conteúdo dos meios de comunicação? eles me trazem escolhas conscientes?
Selecionamos o que vamos assistir? ou vou pela onda, pela massa, por aquilo que dizem ser bom?
Como cada um se sente ao testemunhar situações de violência repetidamente?
Quais as influências disto para nossa saúde mental e emocional? e individual, familiar e coletiva?

A natureza humana é essencialmente amorosa. Nos relacionamos através do amor nos mais variados níveis:
quando crianças, ao precisarmos de afeto para nossa saúde e segurança; quando adolescentes para fazermos escolhas acertadas e consolidarmos nossa personalidade;
quando adultos para completarmos e fecharmos ciclos, administrar perdas e ganhos;
quando mais velhos na avaliação de nossa vida e preocupação para a morte.

Por que, então, fala-se mais da violência do que da paz?



ÁGUA

A água é um dos ítens mais importantes para a nossa manutenção: sem ela não podemos produzir alimentos, nem matar nossa sede.
No Brasil, as produções industrial e agrícola são responsáveis pelo consumo de 90% da água doce disponível em nosso território. 
A produção de uma calça jeans, por exemplo, consome diversas vezes grandes quantidades de água. Começando pela irrigação no plantio do algodão, passando pelo tingimento, que do índigo ( corante natural ) passou a ser feito com anil sintético e outros corantes derivados do petróleo, altamente poluentes, mais consumo de água é realizado na lavagem, onde são usadas substâncias químicas como amônia e soda cáustica, prejudiciais à saúde e, também, altamente poluentes.
São enormes volumes de água e energia gastos, além de CO2 ( gás carbônico ) emitidas ao longo do ciclo de vida do produto.
A água para fins domésticos responde por 20% do consumo. Um buraco de 2mm em um cano de uma única residência desperdiça 3200 litros de água por dia
É em casa que podemos, de imediato, evitar o desperdício, mudando nossos hábitos e consumo.

Leve garrafas pet para a aula e corte-as para ficarem com uma boca larga.
Coloque água em todas. Depois, pegue vários elementos diferentes e coloque um em cada garrafa.
Por exemplo: sal, açúcar, terra, areia, farinha, tinta, algodão, plástico, graxa, óleo, papel, moeda, metal (tampinha de garrafa), estopa, tecido, bombril, etc.
Se for possível, deixe as garrafas expostas para que a água evapore e o grupo possa acompanhar na aula seguinte.

Como ficou a água? o que podemos observar com um simples olhar na garrafa?
quanto tempo seria necessário para limpar cada um destes ítens?
qual o impacto disto em nossas vidas, nossa economia, nosso Planeta?

E na comunidade em que vivem, que importância são dadas a estas questões? de onde vem a água consumida? 

A partir do que foi observado, chame o grupo para elaborar uma campanha para o local onde eles moram falando do consumo consciente da água.