quarta-feira, 23 de julho de 2008

Projeto de Vida - 1ª parte

Vamos conversar sobre o que somos, qual a nossa essência, do que é feito nosso corpo e nosso espírito. Tudo o que fazemos, a maneira como pensamos, o tipo de energia de que me alimento, se é de amor ou de ódio, vão influenciar meu corpo e meu espírito. Somos responsáveis diretos pelo o que nosso corpo reflete de nós mesmos. E, da mesma forma, vamos direcionando nossas encarnações, ajustando aquilo que ainda temos dificuldade de lidar ou enfatizando as virtudes que já conquistamos.
O desenho da gangorra (aula do dia 19/nov/2007), que representa nossas idas e vindas em um corpo material, pode ser uma boa maneira de mostrar ao seu grupo como se planeja uma encarnação. Você pode dar mais exemplos, como a aula do dia 2/abril/2008, Voltando.
Agora que o grupo reforçou o ensinamento a respeito da reencarnação, vamos planejar a nossa próxima volta. Reflita um pouco sobre o momento atual de vida deles. O que fazem, quais são seus motivadores, do que gostam ou não, se estão felizes, o que fazem para melhorar suas vidas, como contribuem para o meio em que vivem, etc e se sentem necessidade de mudanças.


Distribua o boneco de papel pela turma e peça que eles anotem características básicas para a próxima encarnação: sexo (homem ou mulher), cor de pele e de cabelos, futura profissão e o meio em que viverão pela escolha da cidade ou país em que renascerão. Depois, recorte e distribua o tipo de cabelo e as roupas. Fale sobre algumas profissões, para que servem, o que precisamos saber para ser desta profissão, qual o alcance dela, o que ela poderá fazer por mim e pelos outros.



Oriente as escolhas de acordo com o que foi planejado, combinando a apresentação da roupa com o tipo de profissão escolhida. A minha turma reclamou de que não levei uma minisaia, então eu conversei com o grupo que a minisaia passa uma informação a respeito dos meus valores, como quero ser recebida, como me vejo como pessoa e pensamos juntos algumas profissões que seria um problema estar de minisaia e outros que não chamaria atenção.

Vejam alguns resultados do meu grupo:



Eles acrescentaram óculos, sapatos, bijouterias. A maioria escolheu vida de artista ou cantor, afirmando querer uma vida melhor do que a atual. No nosso próximo encontro, conversaremos sobre as possibilidades de transformar este planejamento em realidade na atual encarnação, mostrando que o fato de viverem numa comunidade carente não é impedimento. O que devemos fazer para conseguir realizar nossos sonhos?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Limpeza interior

A bagunça é inimiga da prosperidade. Ninguém está livre da desorganização. A bagunça forma-se sem que se perceba e nem sempre é visível. A sala parece em ordem, a cozinha também, mas basta abrir os armários para ver que estão cheios de inutilidades.
Atitudes erradas jogam energia pessoal no lixo. Precisamos cuidar da nossa própria energia. Nossos ambientes internos e externos estão diretamente relacionados à contenção ou perda de energia.

A perda de energia pessoal pode ser manifestada de várias formas, tais como:

-a falha de memória (o famoso 'branco');

-o cansaço físico, o sono deixa se ser reparador;

-a ocorrência de doença degenerativas e psicossomáticas.

Para economizar energia, o crescimento pessoal, prosperidade e a satisfação diminuem, os talentos se manifestam menos, o magnetismo pessoal desaparece, vem o medo constante de que o outro o prejudique, aumentando a competição, o individualismo e a agressividade, faltando proteção contra as energias negativas.

Leve fotos de revistas para ilustrar algumas das situações abaixo e peça depoimentos das crianças sobre o ambiente em que vivem, como guardam seus brinquedos e livros, como cuidam da roupa e inicie daí uma conversa sobre a bagunça.

VAMOS DOMAR A BAGUNÇA:

- Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

- Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à sua qualidade. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

- Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

- Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: 'Bons tempos aqueles!', costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto àqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam
pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

- Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos peso interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para amar e para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica 'energeticamente obeso', carregando fardos passados.


- Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

- Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

- Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro 'escape' de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho ou estudo que não concluiu, ele lhe 'diz' inconscientemente: 'Você não me terminou! Você não me terminou!' Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do autoconhecimento, da disciplina e da determinação fará com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

- Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

baseado em e.mail recebido, sem autor

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um dia, duas histórias



A dinâmica é feita através da leitura de duas histórias que acontecem paralelamente. Seria interessante o uso de um relógio, que marcará as horas em que estarão acontecendo as cenas. O relógio deverá ser grande, do tipo de parede ou então de brinquedo, para que todo o grupo possa ver e para quebrar a monotonia da leitura.

Uma das histórias é sobre o João Silva, a outra sobre Fred del Rey.
O horário inicial da narrativa é 8h da manhã. João está na porta de casa, de saída para o trabalho. Fred está confortavelmente dormindo em sua cama. João carrega sua pasta de papéis e um pacote pequeno na mão. Fred dorme numa cama grande e macia em lençóis de seda e travesseiros de plumas.






8h30m: João está na rua, conversando com um homem, que encontrou no trajeto para o trabalho e, pelas suas roupas e aparência, podemos concluir ser um morador carente. Enquanto isso, Fred continua em seu quarto, na sua cama dormindo …






9h: João chega ao trabalho, passando por diversas pessoas, cumprimentando-as, dando “Bom Dia!” O dia já começou para João, com suas responsabilidades e compromissos.
Fred, pelo que parece, tem outros horários e pode continuar dormindo.


13h: É hora do almoço. João está na rua e provavelmente já almoçou. Neste momento, ele está próximo a uma mãe e seus três filhos, sendo que um deles está no colo, pois ainda é um bebê. São moradores de rua e João, que já despertou sua atenção para nossos irmãos em necessidade, está conversando com eles.As vezes basta um ouvido amigo, e as coisas parecem melhores. Enquanto isso, Fred está acordando. Depois de um longo sono, ele se prepara para um farto café-da-manhã…”hummm! que delícia!”




15h: Ambos estão ao telefone. João marca visitas aos seus clientes, esclarece dúvidas de uns, conversa com outros. Fred está conferindo sua agenda do dia. Fala ao celular, atende o telefone fixo, organiza suas tarefas.





17h: João está na porta do elevador, o expediente terminou e ele está voltando para casa. Fred acaba de sair da garagem em seu carro e tem uma multidão gritando, mandando beijos e pedindo autógrafos. Fred deve ser alguém bem conhecido, a multidão grita em coro seu nome!



19h: João esta na mesa, jantando com sua mulher e seu filho. Eles conversam sobre o que fizeram durante dia, trocam suas experiências. Fred está na porta de um estúdio, dando uma entrevista, outra multidão está acompanhando emocionada, o clima é muito animado!





20h30m: João e sua mulher estão na cozinha preparando uma série de sanduíches e colocando em sacolas. Fred acaba de encontrar com alguns amigos e estão todos muito felizes por estarem juntos.







22h: João está na rua novamente. Na sua frente, uma fila de pessoas aguardam pacientemente enquanto ele distribui as sacolas com sanduíche. Cada um recebe uma, não sem antes João papear um pouquinho: “como foi o seu dia? Tem conseguido algum trabalhinho? A dor na perna melhorou?” No outro lado da cidade, Fred está em um restaurante conversando animadamente com seus amigos, planejando o restante da noite.



23h: É noite, está ficando tarde e João está na sua casa, no seu quarto, dormindo ao lado da mulher. Para Fred a noite mal começou. Ele e seus amigos estão dançando naquele bar da moda, o som é muito bom, a freqüência é ótima e é impossível não se divertir.




3h: Madrugada…João está dormindo. Fred se reúne com os amigos em casa para conversarem mais um pouquinho, todos ainda estão animados e querem aproveitar, mais um pouco desta noite tão divertida.



5h30m: João ainda dorme. Fred está indo para sua cama dormir.


A história não termina aí. Mas antes de continuar, é importante chamar atenção para alguns pontos:
- tanto João como Fred são felizes como são e como agem;
- não cabe o julgamento se um deles está certo e se o outro está errado;
- cada um está em um momento e isto é respeitado;
- no caso de João, ele age naturalmente no auxílio aos necessitados, já é um comportamento adquirido, é feito naturalmente;
- no caso do Fred, não há envolvimento com drogas ou bebidas, para a história isto é secundário;
- para cada um deles, suas escolhas é que direcionam seu comportamento.

PARTE FINAL: Vamos imaginar, passado alguns anos, o desencarne dos dois personagens. Deixar o grupo refletir um pouco.
João chega à espiritualidade e é recebido por um grupo enorme. Muitos acenam, lhe abraçam, o ambiente é leve e bem iluminado, podemos observar toda a paisagem. Há muitos familiares e amigos, mas há também rostos desconhecidos que expressam profundo agradecimento. João está desperto e feliz.
Fred acorda meio desnorteado, não consegue entender muito bem o que está se passando. Está escuro à sua volta, ele está praticamente sozinho e só consegue escutar sons que, na verdade, não distingue o que são. É tudo muito confuso e ele se pergunta: “o que aconteceu afinal?”

Reflexão para o grupo: escolhas e valores
João, em seus gestos espontâneos, seu interesse pelo próximo, aumentou sua rede de relações de espíritos ligados e harmonizados com ele.
Fred, por sua vez, ainda é muito ligado ao sensório, ao material e sua rede de interesses atuam apenas quando encarnado.