sexta-feira, 14 de maio de 2010

COMO AMAR A SI MESMO

Entregue uma folha para cada um. Peça que dobrem ao meio, desenhem a metade de um coração e recortem. Abram o recorte e todos terão um grande coração nas mãos. Diga a eles que aquele é o coração de cada um.

O coração é o órgão de nosso corpo em que convencionamos localizar nossas emoções, alegrias e tristezas, nossos desejos e, sobretudo, o amor.

Jesus nos demonstrou que nenhum outro sentimento se sobrepõe ao amor.

Deixe o grupo bem à vontade para pensar e começar a trabalhar. Peça que escrevam ou desenhem. Palavras, imagens, versos, uma música. O que vai dentro deste coração? o que ocupa esta área? como ou do que ele é preenchido?

Este é uma sobreposição de corações! Vejam que bela idéia!

Desenhos, frases, nomes das pessoas da família, uma variedade de exemplos...


Faça o TANGRAN do coração. Monte duplas e veja que grupo consegue montar o coração. Comente sobre a dificuldade, os arranjos que podemos fazer, o resultado.

Toda tentativa é bem vinda, são nossas construções e, ao errar, também estou aprendendo.

Com o nosso esforço, damos mais valor ao que conseguimos.

A experiência com o TANGRAN deu muito certo! As crianças se empolgaram com o desafio, com a possibilidade de formas e em montar um coração!

Novas formas foram descobertas ! Veja este gatinho !


Amar a si mesmo significa a necessidade de nos amarmos como somos, para podermos, então, entender como amar ao próximo. Compreendendo nossas próprias limitações e potencialidades, evitamos atitudes motivadas pela vaidade e orgulho, deixando de projetar no outro aquilo que eu gostaria para mim. Defeitos deixam de ser empecilhos. Percebo que fazem parte de um momento e tendem a desaparecer.

QUEM É O MEU PRÓXIMO

"Entre nós e Deus, o próximo é o intermediário" Emmanuel

Para que possamos amar alguém, seja ele amigo, um irmão, a professora, um animal de estimação, pois são inúmeras as variantes de amor, precisamos saber quem é o próximo.

Vamos vivenciar algumas situações e ver que respostas damos, quais nossas opções de comportamento e vamos perceber como agiríamos.
O grupo não sabe, mas, num segundo momento, vamos colocar o próximo sendo alguém bem próximo à eles ou eles sendo incluídos num esquema que, até então, condenavam.


É domingo, dia de almoçar com a família. Resolvi ir à praia antes e saí atrasado. Ao voltar para casa, ouvi um barulho, uma confusão e vi uma mulher sendo assaltada. Um pouco depois, o ladrão foi embora e ela chorava muito...
(Você já está em casa. Chega sua prima, chorando e contando que havia sido assaltada)


Este verão tem feito um calor danado! O ventilador nem dá conta de refrescar, mesmo estando de frente para ele! Sei de uma casa que tem "gato" na eletricidade e fica de ar condicionado ligado o dia inteiro. Vou denunciar!
(Seu pai chega em casa e diz que vai montar um "gato" na sua casa)


Durante o recreio achei R$20,00 no pátio! Sorte minha, azar de quem perdeu!
(você vê seu amigo chorando porque precisa levar algo importante para casa e não acha o dinheiro)


Peguei o ônibus lotado! Vagou um lugar bem na minha frente, não pensei duas vezes e me sentei. Enfiei o boné no rosto e fiquei olhando para a janela para não ceder o meu lugar. Tinha uma moça que caía toda hora e eu fingi que não vi...
(ao descerem no mesmo ponto, a moça era a sua mãe)


No dia da prova, duas meninas colaram o tempo todo. Eu não sabia nada e fiquei pedindo cola e elas não me deram. Quando acabou a prova, decidi que ia contar para a professora.
(as meninas me procuraram e falaram que vão me dar cola na próxima vez)


Estavam todos procurando pelo celular que alguém tinha perdido, mas eu estava esperando um amigo me ligar para sair e me afastei para não ajudar.
(foi meu amigo quem perdeu o celular e não pode me ligar)


Um colega pediu ajuda para terminar o dever de casa, mas eu não ajudei. Eu, hein! Quer se dar bem por minha conta !
(o colega foi sorteado para ser sua dupla no trabalho que vale nota)


Fui mexer na gaveta da mamãe e tinha um pequeno embrulho de presente nela. Fiquei curioso e abri!
(o presente era para ele mesmo)


Será que agimos de maneira diferente ao saber que estávamos envolvidos na ação? Nossas respostas são mudadas?
Faz ao próximo o que deseja que os outros te façam.

Complemente estes conceitos com a aula AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO

quarta-feira, 5 de maio de 2010


A aula NASCER DE NOVO está completa coma a ajuda de Deise Amaral, de São Paulo. Obrigado, com muito carinho !


segunda-feira, 3 de maio de 2010

O JUGO LEVE

Jesus nos faz um belo convite: "Vinde a mim...e eu vos aliviarei".
E continua: "Conversa comigo, você que está tenso e apreensivo. Desabafe. Eu estou te escutando. Aprende com minha experiência. Veja como sou sereno, mantendo-me imperturbável em minhas convicções, mas não insensível. Compassivo, mas não conivente. Amando e instruindo sobre como devemos nos relacionar-mos, e desta forma,compreendendo o verdadeiro sentido da existência, o de convivermos em paz... pois a minha moral é simples e fácil, basta você querer e, assim, você se sentirá em harmonia e esclarecido permanentemente".

Ao longo da vida vamos guardando coisas desnecessárias, priorizando valores equivocados, dispensando virtudes e acumulando vícios, tomando decisões nem sempre de acordo com nossas convicções e, desta forma, sentindo-nos cada vez mais pesados, tensos e angustiados. O preço que o mundo nos cobra é alto, pois colocamos nossa felicidadae nas coisas e não em nós. Cansamos rapidamente do que já conquistamos e queremos algo novo. Estamos sempre cobrando algo melhor ou, pelo menos, igual ao do vizinho. Trocamos de amigo, de escola, de carro, de apartamento, de cidade, pensando que, assim, finalmente, nos sentiremos melhor. E passa a novidade e continuamos a trocar, o que torna o nosso fardo pesado...

Nosso fardo será representado por uma bolsa ou sacola.
Pegamos uma folha A3, dividimos ao meio, grampeamos as laterais, furamos no alto da abertura e colocamos uma alça.

Cada aluno tem sua sacola pessoal e irá colocar lá dentro coisas de sua escolha.


Foram espalhadas diversas páginas de revistas.

Algumas páginas traziam objetos como jóias, maquiagem, carro, bebidas, perfumes, roupas, dinheiro, barcos, casas, laptop, celular, iphone.



Outras páginas traziam cenas e imagens que representavam calma, família, paz, tranquilidade, solidariedade, realização, felicidade, harmonia.

Fizemos um círculo na sala e as páginas de revistas foram colocadas todas juntas e misturadas no chão. Eram mais de 50 folhas espalhadas no centro do círculo, dando uma possibilidade enorme de escolha.

O convite foi feito:
Vamos escolher o que colocar em nossa sacola?

Neste primeiro momento, cada criança escolheu três imagens entre as dispostas no chão e colocou em sua própria sacola. Seguindo a mesma ordem, cada um pegou duas páginas de revista, somando agora, cinco páginas de revista em suas sacolas. A partir deste momento, após cada criança ter cinco folhas cada, as opções de imagens que restam nem sempre são as que elas escolheriam de fato. Em seguida, mais três imagens foram escolhidas por cada criança.
Pronto. Cada criança tem em sua sacola oito páginas de revista.


Cada um experimentou o peso de sua sacola. De posse de seus oito ítens, peça que cada um olhe para o que tem em suas sacolas.
Então,
- que critério foi usado?
- quais foram as imagens preferidas?
- houve reflexão para a escolha? foi por impulso?
- houve preocupação com quantidade ou com qualidade?
- sobraram mais figuras com bens materiais? ou não?

Nesta segunda parte da aula, as crianças vão aprender o desapego. Diversas situações serão apresentadas e eles terão que abrir mão de alguns ítens da sua sacola. Perceba a resistência que eles terão.

1ª situação: um ladrão apareceu e levou um ítem de cada um. O que eles entregam ao ladrão?
2ª situação: você gosta tanto daquela coisa que escondeu debaixo da cama. Ao se passarem 10 anos, quando você vai pegar, a traça roeu ou o ferrugem corroeu. O que foi escondido debaixo da cama?
3ª situação: um amigo está passando necessidade e você precisa oferecer duas coisas para ele. O que eles escolhem?
(cada um agora tem quatro ítens na sacola)
4ª situação: você vai dar de presente um dos seus ítens a alguém da sala e receber um ítem de outra criança de presente.
(é uma troca, mas eles experimentam ceder, para depois receber algo em troca)
5ª situação: você vai se mudar e tem que deixar duas coisas para trás.
(cada um agora tem dois ítens na sacola)
6ª situação: Jesus faz o convite: Vem! o que você tem para segui-lo?
7ª situação: você vai desencarnar, o que resta em sua sacola?

Nesta duas últimas situações, muitos perceberam que não tinham nada de importante. Apenas peso e preocupação em manter suas coisas.
Aos que guardaram jóias, carros, dinheiro até o final, foi feita a reflexão: Jesus não tinha ouro, meio de locomoção, dinheiro para custear suas viagens e, mesmo assim, realizou a sua tarefa. Não ter coisas não foi impedimento para que ele não realizasse o que veio fazer. Da mesma forma, desencarnados, para onde vou levar meu ouro, meu carro ou meu dinheiro? para que servem no mundo espiritual?

Num grupo de 23 crianças, apenas duas tinham imagens que não representavam coisas.