Esta frase forte e enérgica demonstra até onde devem ir nossos esforços de melhora. Se estamos doentes e a nossa vida está em risco, não hesitamos em amputar uma mão, um pé ou mesmo um olho, desde que esta medida extrema cirúrgica nos mantenha vivos. É este, sem dúvida, um supremo esforço. Empregando o mesmo processo em nossa vida moral, deveremos agir assim com nossas fraquezas, nossos vícios, ou seja, tudo o que nos faz vacilar e escolher caminhos equivocados. Quando reconhercemos nossas más tendências ou aquilo que nos fascina, cortaremos figuradamente a mão ou o olho ou a língua, ou seja, mesmo que signifique sofrimento, nos afastaremos daquilo que nos estimula da maneira errada, deixando de roubar as coisas dos outros, de lesar o próximo, de dissimular, disfarçar sentimentos. Cortar a mão significa fechar o ciclo de agressão ao próximo, eliminando o que nos leva ao erro.
Se insistirmos no erro, estas mutilações podem se concretizar um dia, seguindo a lei de causa e efeito a que todos estamos vinculados.
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