sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Parábolas de Jesus - SINTONIA

O AMIGO IMPORTUNO Lc 11:5-13
Se um de vós tiver um amigo, e ele for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer;
e ele lhe responderá de dentro: Não me incomodes; já está a porta fechada e eu e os meus filhos estamos na cama. Não posso me levantar para te atender.
Eu lhes digo: tendo-se levantado por ser seu amigo, mas para evitar a vergonha por causa da sua importunação, se levantará e lhe dará quantos pães precisar.
Por isso vos digo:
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual de vós é o pai, que, se o filho pedir um pão, lhe dará uma pedra, ou se pedir um peixe, lhe dará em vez de peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará um espírito aos que lho pedirem?


1º MOMENTO: entender o que é ORAÇÃO.
No Novo Testamento, no versículo imediatamente anterior, os discípulos acabam de ver Jesus em êxtase ao orar e pedem: Mestre ensina-nos a orar. E Jesus ensina o Pai Nosso. Lc 11:1-4
Leitura do livro CRISTOS de João Nunes Maia, pelo espírito Shaolin, capítulo CRISTO-ORAÇÂO, pg 53.

2º MOMENTO: leitura da parábola.
A parábola se inicia como se fosse uma pergunta que aguarda uma resposta negativa enfática: Você pode imaginar que recebeu um hóspede e vai a um vizinho pedir pão emprestado e este vizinho apresenta desculpas ridículas? Não, não sou capaz de imaginar uma coisa destas!!

“for procurá-lo” e “lhe disser”: o amigo não bate ‘a porta, o que poderia assustá-lo, mas ele o chama. Um estranho bate na porta de noite, um amigo chama e sua voz é reconhecida.

“3 pães”: o amigo está pedindo um alimento básico, o pão não é a refeição principal; este pão, no Oriente, faz o papel de colher ou faca, empurrando a comida.

“nada tenho para lhe oferecer”: significa nada de adequado de forma que a honra da comunidade seja mantida, pois todo camponês armazena comida: azeitona no sal, melado de uva, queijo de vacas que tiveram crias recentes.

“não me incomodes”: no Oriente Médio a vida dos habitantes de uma comunidade é compartilhada com todos. A hospitalidade oferecida ao viajante é da comunidade, não do indivíduo. NÃO SE COGITA NÃO ATENDER AO PEDIDO. O amigo vai ao vizinho na CERTEZA e CONFIANÇA de que seu pedido será atendido. Todo mundo sabe quem assou uma fornada de pães recentemente.
O dorminhoco sabe que o amigo importuno precisa reunir as coisas essenciais para o banquete, buscando-as na casa dos vários vizinhos. A cooperação se estende a outros itens, como o empréstimo da melhor bandeja com outro vizinho, de copos com um terceiro. Também pedirá emprestada a melhor jarra, a melhor toalha. Se este vizinho se recusar a emprestar algo tão insignificante quanto o pão, o amigo importuno seguirá almadiçoando a avareza do dorminhoco que não quis levantar-se para atender pedido tão pequeno. Ao amanhecer toda a comunidade estaria sabendo do acontecido. Por onde quer que fosse seria saudado com gritos de vergonha.

“quantos pães precisar”: se o vizinho tivesse levantado de má-vontade, irritado, teria lhe dado apenas os três pães que lhe foram pedidos.

3º MOMENTO: mudança de paradigma, abertura de uma nova mentalidade: o caráter amoroso e paternal de Deus em contraste com as concepções de até então – cruel, irritadiço, sempre disposto a castigar e a punir.
Aqui mesmo na Terra se recorrermos a um amigo quando precisamos de um favor, haveremos de consegui-lo. Se ao invés de um amigo o fizermos ao nosso Pai, maior será a certeza de sermos atendidos. Deus é mais solicito para com as suas criaturas do que o melhor dos amigos. É um Pai que ouve. Quando você se dirige ‘a um vizinho deste tipo, tudo está contra você. É de noite, ele está na cama, a porta está fechada, os filhos estão dormindo. Mas você receberá mais do que pediu. Se você tem confiança de que suas necessidades serão supridas por um vizinho, fique com a certeza de ser atendido quando leva seus pedidos a um Pai amoroso.

MAS, não basta pedir para Deus atender prontamente. Ele sabe melhor do que precisamos, daquilo que nos convém para nosso progresso.
Texto de apoio: As Três Orações, de Humberto de Campos e está no cap.2 do livro Cartas e Crônicas, psicografia de Chico Xavier ou em: http://evangelizandoagora.blogspot.com/2007/11/prece.html

4º MOMENTO: PEDIR, BUSCAR, BATER Lc 11:9-13 (Este texto se encontra no ESE, cap. 25 e 27)
Nada tem a ver com Deus, mas unicamente com o homem.
Verbos que dão a noção de que devemos continuar pedindo, continuar buscando, continuar batendo, evidenciando ação contínua, a vontade e a persistência de que devemos sempre ter.
Criar em nós mesmos uma atitude tal que Deus nos possa atender no ambiente propício.
Ilustração de apoio: http://evangelizandoagora.blogspot.com/2008/06/prece.html

O pedir, buscar, bater não é causa daquilo que o homem recebe, acha e das portas que se abrem, mas É CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL para que a sintonia necessária se estabeleça e a energia divina possa agir rumo ao homem. Deus dá a quem pede, Deus faz achar a quem procura, Deus abre a quem bate: Deus já sabe do que o homem necessita, não precisa ser lembrado. Pedimos, buscamos e batemos para criar em nós mesmos a disposição para que se atue poderosamente a vontade de Deus.
Leitura do livro AVE LUZ de João Nunes Maia, pelo espírito Shaolin, pg 192, 193 e 194 trecho em que Jesus fala aos discípulos.


Percebemos 3 classes de homens:
A) os que não pedem, não procuram, não batem em portas fechadas, MAS esperam que Deus faça tudo por eles. São os autômatos, os inertes, os sem vontade própria. Esses nada recebem, acham, nem encontram portas abertas.
História de apoio: Conta-se que um pastor orava constantemente na sua Igreja. Era considerado um homem de fé. Um dia houve uma chuva muito forte. As casas estavam sendo destruídas. A cidade estava ficando inundada. As pessoas pediam socorro, transferiam-se de cidade. Entretanto, o citado religioso continuava a pregar e orar em sua Igreja. Alguém passou e chamou-lhe: Pastor está tudo sendo destruído. O senhor vai morrer se ficar aí. E ele retrucava: Homem de pouca fé vai embora, eu tenho o meu Deus que vai me salvar! A água começou a invadir a Igreja. Um grupo de salva-vidas chamou o pastor, mas ele argumentou: Vão embora, pelo amor de Deus, eu sou um homem de fé, o meu Deus vai me salvar! A água preenchia a Igreja ainda mais. Um carro de bombeiros passou e um deles lhe disse: Venha, pastor, a cidade inteira está inundada. E ele respondeu: Vocês não compreendem, eu sou um homem de fé. Meu Deus me salvará. Passou um helicóptero, jogaram a escada: Pastor segura a escada! E ele deu a mesma resposta. Então a água envolveu a Igreja totalmente e matou o pastor. Após desencarnar, ele foi até Deus e disse: Não entendi, o senhor me deixou na mão! E Deus respondeu: Meu filho eu sempre te ajudei. Eu que enviei o homem, os bombeiros, o helicóptero, todos para te ajudar. Você não aceitou a minha ajuda.

B) os que pedem, procuram, batem com impetuosidade, na certeza de que são auto-suficientes, com ilimitada confiança em si mesmos e pensam produzir o resultado desejado. Esses não recebem dons divinos, mas recebem dons correspondentes a seus talentos.
História de apoio: qualquer história do homem moderno, nós, ricos, eficientes, mas vazios.

C) os que pedem, procuram, batem criando uma atitude de receptividade, esvaziando-se de si mesmos, atraindo a plenitude de Deus. São movidos pela confiança, fé, pela humildade a ponto de dizer: “as obras que faço não sou eu quem as faço, mas o Pai que em mim está.”
História de apoio: Cada dia, ao meio-dia, um homem entrava na Igreja e poucos minutos depois, saía. Um dia o sacristão lhe perguntou o que fazia. Venho rezar, respondeu o homem. Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa. Bem, ele lhe respondeu, eu não sei rezar aquelas orações compridas, mas todo dia eu entro na Igreja e falo: “Oi, Jesus, eu sou o Zé, vim te visitar”. Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente. O sacristão ficou sabendo e foi visitá-lo. Ao chegar notou uma cadeira vazia encostada na cama com quem Zé conversava. Inquieto, perguntou: quem te visita? E Zé lhe disse que todos os dias ao meio-dia ele recebe a visita que lhe diz: “Oi, Zé, eu sou Jesus, vim te visitar”.



5º MOMENTO: prece final
ORAÇÃO DE DEUS PARA NÓS

Meu filho que estais na Terra,
Conheço perfeitamente o teu nome
E o pronuncio santificando-o porquê te amo.
Não. Não estais sós, mas habitado por mim.
E juntos construiremos esse Reino
Do qual tu vai ser o herdeiro.
Gosto que faças a minha vontade
Pois a minha vontade é que sejas feliz
Contas sempre comigo
E terás o pão para hoje.
Não te preocupes,
Só te peço que saibas compartilha-lo com teus irmãos.
Sabes que perdôo todas as suas ofensas
Antes mesmo que a cometas
Por isso peço que faças o mesmo
Com os que a ti te ofendem
Para que nunca caia em tentação.
Toma forte a minha mão e eu te sustentarei
Porque te amo desde sempre.
Teu Pai.


Um comentário:

Anônimo disse...

muito demais... caramba... parabens
que trabalho minha amiga, conteudo rico e muito ricas as interpretações. parabens.
vou voltar para ler com mais calma... é muita coisa.
superparabens
Ricardo Bicudo