É muito fácil criticar e emitir juízos a respeito dos outros e das situações estando, de fora e distante, exibindo uma superioridade moral que ainda não temos. Nisso, somos mestres. Por isso mesmo, as pessoas são extremamente exigentes quando se trata de reclamar os próprios direitos, de serem atendidas nos seus desejos ou na satisfação de suas necessidades. O mesmo não acontece quando é a vez dos outros.
Jesus, em sua maneira direta e sem melindres, tratou desta questão orientando-nos em nossa conduta e oferecendo-nos um instrumento eficaz de agir de forma moralmente correta: a coragem de tirar primeiro o cisco do próprio olho. Este exercício ajusta a nossa própria conduta, promovendo o auto-conhecimento e auto-crítica, a aceitação de nossas falhas, a percepção de nossos erros como caminhos para aprender e não como fardo pesado, deixando ser juízes severos com os outros e complacentes conosco. Assim, não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgaríamos, ou até condenar no próximo o que desculpamos em nós mesmos.Censurar a conduta de uma pessoa para reprimir o mal pode ser louvável e até um dever, em certos casos, se disso resultar um bem. Se assim não fosse, o mal não seria reprimido na sociedade. Afinal, todos devemos ajudar o progresso dos semelhantes. Quando, porém, a censura tem por motivação tão-somente desacreditar a pessoa cujos atos são censurados, trata-se de maledicência; um mal, portanto.
Esta aula pode ser aplicada com uma situação vivenciada pelo próprio grupo. Convide alguém a dar seu depoimento.
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