segunda-feira, 12 de abril de 2010

NASCER de NOVO

Estamos vinculados à lei de causa e efeito, que nos coloca numa pluralidade de existências, reencarnando neste planeta e vestindo um corpo material que nos serve de ferramenta para aferirmos o que já aprendemos ou o que recusamos a aprender.
A vida nos traz inúmeras oportunidades de crescimento. Kardec pergunta: LE 120 Porque reencarnamos? Nascer de novo é a condição necessária para a evolução do espírito. Somos os mesmos, num novo momento, outro lugar, outro corpo, outro nome, porém o mesmo espírito em seu processo de autotransformação. Reencarnar é educar-se. Afinal, estamos num planeta-escola. Aprendemos a usar nossas potencialidades para vencermos as dificuldades que surgem diariamente.








Irmão X, através da psicografia de Chico Xavier, conta uma bela história , ROGATIVA REAJUSTADA, no livro Luz Acima:

“Ildefonso era filho de D. Malvina Chaves, que há quatro anos encontrava-se semi-acamado; preso à situação difícil, assemelhava-se a um cordeiro. Ele parecia gostar das preces maternas, dedicava-se à leitura edificante e sabia conversar, respeitoso e gentil, encorajando quem o visitava.
Malvina o contemplava comovidamente, e pedia através da prece ao Médico Divino, a cura para o filho. As lágrimas do sublime coração materno sufocavam as palavras na garganta, emocionando os amigos espirituais que a assistiam em silêncio.
No propósito de obter a concessão celeste, a prestativa senhora comprometeu-se em trabalhar ainda mais em prol do próximo. D. Malvina visitava moribundos, amparava sofredores, protegia crianças abandonadas e arriscava a própria saúde praticando a caridade, conquistando prestigiosos colaboradores no plano invisível. Entidades espirituais intercediam pela mãe virtuosa implorando diariamente pela cura de Ildefonso. E explicavam que na hipótese de o enfermo não merecer a graça, que fosse considerado os méritos da mãe, mulher admirável na fé e no devotamento.
Os pedidos se multiplicaram tanto que, um dia, a ordem chegou do Mais Alto, determinando que o jovem fosse reajustado. Os trabalhadores invisíveis, felizes, aguardaram o momento adequado; e quando surgiu um médium notável, no setor da tarefa curativa, a Senhora Chaves foi inspirada a conduzir o filho até ele. A mãezinha estava confiante. Então, o servo da saúde humana, cercado de Espíritos amorosos, agradeceu, orou, impôs as mãos sobre o hemiplégico e transmitiu, vigorosamente, os fluidos regenerativos dos benfeitores desencarnados.
Em breves dias, o prodígio estava realizado. Ildefonso recuperou o equilíbrio orgânico, integralmente. E a mãe, feliz, celebrou a bênção, multiplicando serviços de compaixão fraterna e gestos de elevada renovação espiritual.
Após um mês, Dona Malvina começou a desiludir-se. Ildefonso, curado, era outro homem. Perdeu o amor pelas coisas sagradas. Pronunciava palavrões de minuto a minuto. Convidado à prece, dizia, indelicado, que a religião era material de enfermarias e asilos e que não era doente nem velho para ocupar-se de semelhante serviço. Trocava o dia pela noite, tamanha era a pressa de ir para as noitadas barulhentas. Suas despesas desordenadas não tinham fim. Se a mãezinha pedia mudança de atitudes, sorria, zombava, declarando a intenção de recuperar o tempo que perdera através de espreguiçadeiras, remédios e injeções. Com 10 meses era um transviado autêntico. Embriagava-se todas as noites, voltava ao lar nos braços de amigos e, chegou a falsificar a assinatura de um tio em escandaloso saque de grande proporções.
A generosa mãe não sabia como resolver o problema do filho rebelde e ingrato. Queixas surgiam de toda parte. A abnegada mãe via-se aflita e estonteada, sem saber como reajustar a situação, quando, certa noite, pedindo ao filho embriagado que lhe respeitasse os cabelos brancos, foi por ele agredida a pancadas que lhe provocaram angustiosas feridas no coração. Sem palavras de revolta, D. Malvina, procurou seu quarto, em silêncio, e rogou em prece pelo FUTURO ESPIRITUAL de seu filho. Ela compreendeu os planos sábios e justos de Deus. Então, intensa luminosidade espiritual resplandecia em torno de sua cabeça venerável. E uma nova bênção desceu do Mais Alto e, com surpresa de todos, no dia imediato, Ildefonso acordou paralítico.”



Depende exclusivamente de nós o tempo que levaremos nestas idas e vindas.
São Luís, na Instrução dos Espíritos, item 26, alerta-nos: se a reencarnação é fardo pesado, então não aprendemos sobre a realidade sobre nós mesmos. Do contrário, aquele que faz o seu progreso moral, encurta e pode vencer de uma só vez.

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